domingo, 25 de outubro de 2009

Um Conto de Samhain



Bom pessoal...Estamos no corre, corre com os preparativos do Samhain, e pra quem não sabe o Samhain é o Ano Novo Pagão, e também o fim de uma Roda do Ano, que está terminando e deixando espaço para a Nova Roda começar a girar junto com o clico da Mãe Natureza...Então é interessante que busquemos o Equilíbrio dentro de cada um de nós. Por isso decidimos contar aqui, um conto BELÍSSIMO que conta toda parte da história do Deus e da Deusa, antes do Seu consorte ir ao mundo subterrânio, e logo em seguida retornar, que é quando marca o início de uma nova Roda, de um Novo Ano que está començando.
Eis o Conto:
Não foi há muito tempo que aconteceu. O Sol sumia no Oeste, e as aves noturnas já deixavam seus ninhos, umas ameaçando cantar. Deibaixo das árvores, correndo para sua tocas, os animais seapressavam, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco tempo. Aquela era a época do Deus, e só as criaturas mais fortes sobreviveriam ao inverno tão rigoroso.
O Sol baixou, até que só se via uma fina linha de sepração entre Céu e Terra no horizonte, e tudo ficou avermelado, com um ar mais mágico. E então a luz se foi. A Lua estava crescente no céu, e um vento gelado começou a correr por entre os troncos seculares das árvores. Ouve-se agora um som de flauta...Som tão límpido e cristalino que a superfície do lago, antes parada, tremulou ao som da melodia alegre. Todos os animais da floresta pararam para ouvir o som da flauta, e mesmo as aves noturnas cessaram seu canto orgulhoso. E por entre as árvores, a flauta se fez ouvida por toda a floresta. E mais nada, além do som doce da flauta. Atravessando o lago, um pouco depois do grande carvalho, estava a fonte de tal encatamento: Sentado numa pedra coberta de limo, balançando ao som da flauta de bambú, um ser robusto com tronco e cabeça de homem, pernas cobertas de pêlos, cascos de cavalo e grandes chifres pontiagudos. Obervava a DOnzela que dançava ao som da música, logo à sua frente. Tinha longos lisos, que escorriam pela cintura e acompanhavam os movimentos da dança, pés habilidosos moviam-se descalços sobre a grama. A Deusa nunca havia estado tão bela quanto naquela noite. Os Dois brincavam nus, na noite fria da floresta, e alguns animais se juntavam ao redor da clareira. Cansada a Donzela sentou-se, e olhando para o Cornudo, esperou que a música acabasse. Quando Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos animais e da Donzela desaparecemram...Meras lembranças.
A Deusa recolhia-se grávida ao Mundo Subterrânio, guardada pelos seus familiares, pronta para dar a luz dentro detão pouco tempo. Era necessárioque o Sol nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e caminhou até o lago para observar seu reflexo. Já estava tão velho e fraco, mais ainda continha grande energia...Energia necessária para que a Deusa aguentasse o parto que se seguiria em menos de dois meses. Já não podia continuar a viver. A Terra precisava de Seu Sangue, e O Sol novo, de sua energia.
Um grito ecoou em sua mente: A Deusa sofria. Aquele era o momento certo, o Cornudo olhou para o céu, e olhando para a mata, depediu-se de sua casa. Tambores rufaram quando Ele erguei suas mãos e pronunciou palavras secretas. Houve uma explosão e Ele desapareceu. Aqui numa clareira nas montanhas, já distante ouviam-se os tambores de guerra. Uma música rápida e repetitiva tornava o ar agressivo. Também com uma explosão o Cornudo surge no centro do círculo, um olhar decidido no seu rosto. O Velho Cornudo tinha em suas mãos agora uma adaga ritual, e quando Ele a levantou apontada para o peito, tambores cessaram. Cernunnos fechou os olhos, e o momento se fez sinlêncio...Aqueles segundos duraram milênios...O Cornudo levou a adaga a seu peito, e os tambores voltaram a tocar. Quando a lâmina fria rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer um sussurro de dor...Apenas o som do sangue derramando=se sobre a Terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma em seu olhar.
Com as próprias mãos abriu a ferida para que os espíritos recolhessem seu sangue. Quando o círculo tornou-se silencioso novamente, a todos, e todos os espíritos partiram, O Deus deitou e virou-se para as estrelas, e esperou que a paz voltasse a reinar por a floresta. Ainda sentia o sangue escorrendo para fora do Seu corpo, e regando o círculo sagrado em que repousaria para sempre E do solo ou talvez do de lugares distantes além das estrelas mais distantes, elevou-se um cântico, talvez as pequenas criaturas do subsolo, ou ainda as estrelas, despedindo-se do Deus.
O Cornudo morreu sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio renascimento. E Ele pode sentir sua energia retornando para o Útero da Grande Mãe, que agora deixava de sofrer...Os espíritos romperam a barreira entre os dois mundos, e caminharam sobre a Terra espíritos espalhando o sangue e a força do Deus, para que pudéssemos sobreviver através dos tempos difíceis que se aproximaram.
É por isso que os espíritos vêm ao nosso encontro nessa noite tãoe scura...Eles trazem cosigo um pouco do sange do Deus Cornudo, que renascerá no Solstício de Inverno. Trazem conselhos, proteção e promessas de que nos irão guiar durante o escuro ano. Devemos, portanto saudar os espíritos porque sem eles a semente do renascimento não seria espalhada.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

RODA DO ANO E CIÊNCIA

Muitos Wiccanos se preocupa muito em qual Roda estamos, ou qual Roda Devemos seguir, ao longo deste artigo explicaremos tudo, de uma forma bem simples e de fácil entendimento.

O conhecimento cartográfico sobre Hemisférios que todos (acredito) aprenderam no Ensino Fundamental e Ensino Médio, preocupa muito nós Bruxos e Bruxas, tanto que isso é fato que alguns de Nós ficamos desorientado e perdido, não sabendo realmente o que fazer na hora de honrar os Deuses com os Sabbats, uma preocupação que, a meu ver, não é muito louvável, pois a Vida, os Ritos e até mesmo a Bruxaria e o Paganismo são mais antigo do que o conhecimento geográfico de Hemisférios.

Os conhecimentos adquiridos com o tempo, com a Ciência e a mania de super valorizar os “nossos saberes” fazem com que as Bruxas e Bruxos na hora de suas práticas mágico-religiosas se confundam ou muitas vezes percam o próprio Equilíbrio com a Natureza o qual buscamos, o que deveria ser ao contrário, porque simplesmente os conhecimentos científicos dizem ao praticante o contrário, mesmo que a Natureza mostre a eles o que é o CERTO. Vejam bem, não estamos aqui para dizer que o conhecimento científico seja ele qual for, não tenha valor, ou que nós praticantes da Bruxaria, não devemos acreditar nessa Sabedoria (até nós, estaríamos sendo tolos se pensássemos dessa forma, já que alguns de nós estudamos e um dia seremos um cientistas da Educação).

Mais duas coisas na qual não concordamos com a Ciência, e o que não deveria acontecer “EM NOSSA HUMILDE OPNIÃO”é que a Ciência nos faz acreditar que : 1º Ou ele se torna um cético que é capaz de acreditar apenas no que vê (então ele joga fora seu Livro das Sombras, seu Athame, dá para o vizinho seu lindo Caldeirão ou diz que a Bruxaria só é real nos Livros e nas Super Produções de Hollywood). 2º Ele pode até seguir velhos conhecimentos e antigas práticas ritualísticas, fazendo oferendas aos Deuses e fazendo seus Antigos Rituais, mas, no fundo sempre ira existir aquele pensamento “isso não tem lógica eu aprendi com a minha professora que aqui é verão” (mesmo caindo uma chuva forte).

A Ciência é algo em nossa vida atual que recebe grande valor, pois “ela dita” o que é certo e errado, o que é real ou ilusório. Mas isso não pode interferir na nossa essência de ser humano, nos nossos corações. A ciência estuda hoje vários fatos inexplicáveis e diz: isso é possível, exemplo disso é a Viagem Astral, já comprovada, mais não explicada pela ciência.

No entanto o que nos deixa preocupado com a Bruxaria atual e o apego por conhecimento científico e o desapego pelo tato mágico (que é claro nem todos Bruxas e Bruxos têem a mesma visão) que é aquilo que chamamos de seguir o coração.

Na hora de celebrar os rituais devemos primeiramente conhecer o Sabbat, isso é estudando o mito, o rito e todo que acompanha aquele ritual, depois devemos saber qual data e horário melhor para fazer a celebração e depois o mais importante olhar para o tempo, mais o tempo climático, pois como posso celebrar o Auge do Poder do Sol, caindo chuva. Isso com certeza causaria um desequilibro de energia, e não nos apegar ao fato de que, só porque alguém colocou uma linha imaginária no meio do mapa e disse que embaixo faz calor e em cima faz frio, tenhamos que seguir ao pé da letra, pois quem decide isso é a MÃE NATUREZA e saibamos que isso está muito além da ciência (não esquecendo o foco de que Roda do Ano devo seguir. No caso você seguirá aquela que você optar ou na qual você se sente melhor e melhor ainda, você seguirá a Roda na qual sua cidade, estado ou pais mais se parecer, no entanto você deve ficar a vontade e fazer o que seu coração mandar).

Em toda vida de uma Bruxa ou Bruxo se busca o Equilíbrio, o Auto-Conhecimento e o Sabedoria, seja ele antigo ou moderno, mas muitas vezes ele não sabe qual é o melhor conhecimento e aquele que melhor se encaixa na sua realidade. O fato é que a Deusa e o Deus não se preocupam com qualquer que seja essa linha imaginária, seja ela do Equador, de Greenwich, ela age com sua própria vontade em cada localidade, como diz uma canção (bem pagã por sinal) chamada Mother Earth que diz “ELA governa, ela faz seu próprio caminho, ELA DÁ, ELA TIRA.” Então não importa onde você esteja, América do Sul ou Europa, não podemos deixar que isso interfira no curso da nossa energia e não deixar que isso atrapalhe na energia que queremos manipular e ainda mais, não deixar que isso atrapalhe na nossa busca pelo EQUILÍBRIO e no que você quer atingir nos RITOS e RITUAIS.

Entendemos que o melhor o que te SERVIR, esqueça as linhas imaginárias ou qualquer outra linha que seja colocada, siga seu instinto, seu coração, siga o tempo (climático), lembrando sempre que você segue uma Antiga Religião, aliás, mais antiga quanto o conhecimento geográfico, biológico, é uma Religião que diz que TODO CONHECIMENTO está no que a Natureza pode oferecer, então antes de celebrar o Litha e todo o poder do Sol, cuidado com o tempo para não estar chuvoso, fazendo frio e você correr para dentro de casa para tomar um bom chocolate quente (risos), na verdade, siga algo chamado Magicum Naturale – Magia Natural, essa mesma magia dos Egípcios, Celtas, Maias e outros Povos Antigos seguiam, cada qual no seu tempo e na sua realidade.

Blessed Be!

Escrito e Revisado por: Hudson Araújo e Lucas Eurílio.